domingo, 21 de agosto de 2011

Florbela Espanca

"Saudades! Sim… Talvez… E porque não?… Se o nosso sonho foi tão alto e forte.
Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?… Ah! Como é vão! Que tudo isso nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes já te esqueci, para mais doidamente me lembrar. Mais doentiamente me lembrar de ti! E quem dera não fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar, mais a saudade andasse presa a mim!"