O que eu também não sei explicar

Eu queria entender a maneira como você mexe comigo. Quando a gente sabe de uma coisa a gente aprende a desfazê-la. É por isso que não tirei você da minha cabeça, ainda. Porque não sei de que maneira você foi parar lá. Só sei que se instalou, como um carrapato, parece não querer sair. Isso é tão clichê, mas eu gostaria mesmo de te ter só pra mim. As inseguranças que me afligem ninguém consegue entender, e você, ah você.. você parece não perceber o quanto eu tenho pra lhe dar .Tanto amor guardado, todinho pra você. Infelizmente, talvez você só perceba quando eu resolver deixá-lo ir. O que a gente nunca vai saber. Não vou ficar falando sobre a complexidade de tudo que eu sinto. A essa altura tudo que eu dissesse não faria muito sentido. Guardo comigo minhas crises e a vontade de desaparecer, que às vezes me toma inteira. E se eu desaparecesse? E se eu realmente te deixasse pra lá? Será que faria falta pra você? O que eu nunca vou saber. Deveria ser mais fácil , essa relação conturbada, que eu não consigo largar. É um risco. Que eu não me importaria de correr se você estivesse lado a lado comigo. Mas você não sabe.. Não sabe dos textos que escrevo - tipo este que estou fazendo pensando em você - não sabe que sou eternamente carente, não sabe de lágrimas que já derramei desejando que as coisas fossem mais simples. Não sabe o quanto idealizei e a esperança que continuo a depositar em você. Mas por outro lado, você também não sabe o quanto me faz feliz. Você me ganha de maneiras que nem desconfia que assim o faz. Se nossas linhas não fossem tão oblíquas, a gente não teria se encontrado. A pessoa certa, na hora certa. Ou não.. a pessa errada na hora certa. A pessoa: com quem eu gostaria de estar , e de certa forma, não a que eu imaginei nos meus tempos mais remotos, mas a que nenhuma outra consegue ser, exatamente assim do jeito que você é. E pra desabafar para todos eu preciso de palavras, quanto a você bastaria olhar pra mim. O que você nunca vai saber.